Este artigo examina o uso da expressão “a casa grande surta quando a senzala aprende a ler” e do binômio “casa grande & senzala” como estratégia de resistência antirracista no Brasil contemporâneo. O binômio e a expressão têm sido mobilizados como contrapontos à retórica cada vez maisexplicitamente racista e reacionária da classe média tradicional brasileira, que se recusa a abrir mão dos privilégios acumulados historicamente. A enunciação destes termos contribui para o desvendamento da “branquitude injuriada” que emergiu em reação às políticas implementadas nos governos do PT (2003-2016).