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Curtas metragens e narrativas docente: problematizando diferença racial e branquitude.

Autor(a)

Maria Angéica Zubaran, Joice Mari Ferreira da Cruz

Resumo

O objetivo central do presente estudo é mapear e problematizar discursos e representações recorrentes acerca da diferença racial e da branquitude em entrevistas narrativas com professores da educação básica, a partir das provocações de dois curtas metragens: Cores e botas (Vicente, 2010) e Pode me chamar de Nadí (Cardoso, 2009), disponíveis no canal Youtube. Destaca-se a importância do uso de filmes no trato das questões raciais, a partir dos enfoques de Duarte (2000, 2002), Fabrís (2005, 2008), Fischer e Marcello (2011) e Militão (2013). As análises são realizadas na perspectiva teórica dos Estudos Culturais em Educação, a partir dos conceitos de representação e identidade, em autores como Hall (2011, 2016) e Silva (2000, 2010) e do conceito de branquitude, em autores como Piza (2000), Sovik (2009), Cardoso (2014) e Schucman (2014). Entre os resultados da análise, destaca-se que as representações mais recorrentes produzidas e disseminadas nas narrativas fílmicas e problematizadas nas entrevistas narrativas de docentes, foram representações racializadas marcadas pelos discursos da democracia racial e da mestiçagem e mediadas pelas noções de branquitude. Salienta-se ainda, que as narrativas fílmicas contribuem para tencionar e contestar representações racializadas e privilégios da branquitude no âmbito da educação básica e para problematizar padrões estéticos eurocêntricos, vinculados particularmente ao cabelo, como símbolo de identidade étnico-racial.