Estreando na Gama, o Observatório da Branquitude trata do papel da instituição ao pesquisar o lugar de privilégio racial do branco-narciso, que acha feio tudo aquilo que não é seu reflexo
Dos contos de fadas dos irmãos Grimm aos belos sambas de João Nogueira, a ideia de um espelho que nos faz encarar realidades por vezes incômodas parece presente no imaginário das gerações. Se o espelho da bruxa revela que sim, há uma outra mais bonita vivendo na floresta, o espelho do poeta abraça de nostalgia um passado suburbano carioca duro e feliz.
Porém, esse espelho revelador de verdades inquestionáveis também pode esconder outras tantas visões, além de distorcer aquilo que se vê. Os estudos sobre as relações raciais no Brasil apresentam um viés histórico curioso. Embora a palavra “relação” pressuponha ao menos dois lados, toda tradição de debates isenta de escrutínio o sujeito branco, que por sua vez se dedicou a estudar as outras raças. Ora, se ao branco coube a narrativa sobre negros e indígenas, o que enxerga ele ao ter sua imagem refletida?
Leia o texto completo no link abaixo.