Resumo
Este trabalho propõe um olhar crítico sobre a normatização da branquitude na publicidade brasileira, inserindo discussões a respeito da construção de estereótipos como estratégia de positivação. Reconhecendo a lacuna científica no que se refere à compreensão da branquitude como padrão representativo da comunicação mercadológica, faz-se aqui um ensaio sobre o que é ser branco no Brasil a partir da identificação de sete manifestações da sua identidade racial projetada no discurso publicitário: neutralidade, valorização da ancestralidade, religiosidade, pureza, beleza, poder e riqueza. Busca-se, assim, contribuir para o campo das discussões comunicacionais e suas implicações para a conjuntura racial da contemporaneidade.