Resumo
Neste artigo apresento dados de uma pesquisa realizada entre homens de classe média-alta do Rio de Janeiro, que se autodefinem como brancos. A pesquisa se insere no debate dos critical whiteness studies e tem como objetivo compreender a branquitude para avançar no estudo do racismo na sociedade brasileira. A análise de trechos de entrevistas demonstra como alguns entrevistados recorrem à figura da própria babá negra para poder dar um contorno à própria branquitude, embora a neguem como dado social no restante da entrevista. Neste sentido, discuto como a experiência da branquitude para esses entrevistados se concretizou no entrelaçamento entre as hierarquias de cor, gênero e classe.