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UMA ANÁLISE PSICOSSOCIAL DA SUPREMACIA BRANCA NO ESTADO DE ALAGOS

Autor(a)

Willamys da Costa Melo

O presente trabalho de dissertação está inserido no campo das relações étnico-raciais e temo objetivo compreender de que forma a oligarquia política de Alagoas se relaciona com a branquitude. Como se caracteriza a branquitude no estado de Alagoas? Quais os meios utilizados por pessoas brancas para conseguirem um grande poder político? Para isso, como forma de interpretar este cenário, o primeiro passo foi construir uma revisão teórica nacional e internacional dos Estudos Críticos da Branquitude (CWS) no intuito de desenvolver e dar aporte teórico às reflexões aqui tecidas. Posteriormente, entrevistei políticos que ocupam cargos de decisão em Alagoas, ou seja, aqueles/as que de alguma forma controlam o setor político e econômico do estado. Os achados desta pesquisa apontam que há uma oligarquia branca viabilizada pela supremacia branca e sustentada por alguns pilares, a saber: o “poder familiar”; a “ordem meritocrática”; o “fenótipo racial branco” e a “oligarquização branca”, numa espécie de simbiose que ampara esta supremacia branca. Esse sistema, formado em sua maioria por homens brancos, procede numa lógica racista, hierarquizando e excluindo pessoas negras do convívio social, promovendo, dessa maneira, as melhores posições de poder para o grupo racial branco. Desse modo, acarretando em processos e níveis de exclusão, como também de extermínio, para a população negra. Por fim, se faz necessário promover novas pesquisas que interseccionam poder político com poder branco/racismo, na tentativa de ampliar o conhecimento sobre supremacia branca e traçar estratégias para romper com a oligarquia branca vigente.