Nem a proximidade do fim do planeta parece afrouxar os acordos em prol da concentração de poder e privilégios
Cinzentas nuvens de fumaça umedecendo os meus olhos de aflição e de cansaço. Imensos blocos de concreto ocupando todos os espaços. As frases de abertura desta coluna, extraídas da canção “Amor à natureza”, rendem homenagem ao imenso Paulinho da Viola, que está em turnê comemorativa pelos seus 80 anos. Naquele samba-enredo, de 1975, o compositor narra a angústia face à desenfreada expansão urbana e poluição atmosférica no Rio de Janeiro. Um cenário de tristeza, nas palavras do portelense, aprofundado pela desconfiança em torno de saídas possíveis para o colapso da relação sociedade-natureza na cidade outrora capital do Brasil. Pois íntimo das cinzentas nuvens de fumaça, o desprezo igualmente flutuava no ar, desconsiderando a razão.
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