Resumo
Este artigo propõe uma breve reflexão sobre privilégio branco a partir de um episódio ocorrido no Carnaval de 2021, quando a cantora Margareth Menezes comunicou que não iria realizar sua live de carnaval por falta de patrocínio, enquanto Daniela Mercury, Claudia Leitte e Ivete Sangalo tiveram seu espaço garantido na folia virtual. Assim, ressalto que mesmo depois de tantas discussões sobre racismo e antirracismo nas redes sociais, ocorridas no último ano, o protagonismo permanece o mesmo. Para isso, relaciono o episódio citado a outros eventos, no intuito de expor a perspectiva das artistas, pensando como o lugar que elas ocupam – enquanto mulheres brancas – interfere na sua produção artística. Por fim, aproveito a atual e oportuna explicação de Margareth Menezes sobre a “máquina do privilégio”, para localizar a narrativa da branquitude e questionar os estereótipos da mulher branca como padrão estético e ideal feminino no gênero Axé music.