Resumo
O ensaio questiona à manutenção de determinadas práticas, metodologias e epistemologias legitimadas na gênese do campo acadêmico a partir de uma noção de racionalidade científica ocidental tida como universal. Buscamos averiguar a forma como o campo acadêmico opera uma lógica distintiva ao reproduzir hierarquizações socioculturais – de gênero, raça e classe – na categorização dos saberes, sujeitos e territórios referenciando a norma europeia. Discute-se a gênese do campo acadêmico considerando a noção de ciência moderna em relação à conservação de uma estrutura desigual que a origina, pensando práticas de manutenção da branquitude e colonialidade dos saberes/poderes nos espaços institucionalizados de onde se propaga o conhecimento reconhecido e oficializado como ciência no Brasil.