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As chances de ser eleito: Branquitude e representação política

Lançado durante a campanha de 2024, o estudo analisa a distribuição das verbas dos fundos eleitorais públicos nas eleições de 2018 e 2022 em relação à declaração racial e de gênero das candidaturas a deputado federal. Nesse sentido, o pleito de 2022 recebe especial atenção, dada a aprovação, em 2021, da Emenda Constitucional 111, a qual estabelece que, para fins de distribuição dos recursos do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), os votos dados a candidatos negros devem ser contabilizados em dobro até 2030, entre outras medidas.Os resultados do estudo sinalizam o descompasso de um país que paulatinamente se vê mais negro (com 55,5% da população tendo se declarado negra no Censo 2022), mas que ainda se depara com uma estrutura articulada e desenhada para a manutenção da branquitude no poder, uma vez que, além de ter financiamento, ser homem e branco é característica chave para que um candidato seja eleito deputado federal no Brasil.