Resumo
Este artigo propõe uma análise investigativa das produções imagéticas que ornamentam os espaços das instituições de educação infantil, particularmente painéis, fotos, gravura e como estas imagens representam uma relação de saber e poder sobre processos racistas de branqueamento nas instituições de educação infantil. A partir de uma abordagem qualitativa e de base pós-estruturalista, buscamos analisar os discursos imagéticos encontrados em doze instituições de educação infantil no município de Itapetinga-BA. A referida pesquisa aconteceu nos anos de 2013 e 2014. Os resultados da pesquisa apontam para a necessidade de se desmistificar os conceitos de raça e cor nos espaços escolares, pois estas ainda se encontram enraizadas na cultura do branqueamento na qual seus espaços são ornamentados, na sua grande maioria, com crianças com fenótipos brancos sendo que o quadro real das escolas é composto por crianças negras. Faz-se necessário ainda se pensar a formação continuada desses profissionais da educação, enfatizando um conhecimento maior sobre as questões étnicas e raciais.