Resumo
Uma das questões pouco investigadas nos estudos pós-coloniais e decoloniais é a constituição da branquitude e seu papel na manutenção das estruturas de dominação e exploração. Nesse artigo analisa-se como raça e etnia se constituem em relação à religião e como se articulam com questões de gênero e sexualidade a partir de um relato autobiográfico que se concentra na infância. A construção do relato está fundamentada na metodologia de “pesquisa-formação” de Marie-Christine Josso e apresenta “experiências formadoras” que evidenciam de que forma as questões enunciadas vão se materializando na formação do sujeito que narra em forma de pedagogias. O objetivo dessa abordagem e das informações apresentadas é oferecer subsídios para a construção de processos educativos que questionem a colonialidade e favoreçam perspectivas libertadoras e emancipatórias.