Resumo
Este artigo procura pensar a filosofia com Frantz Fanon, isto é, apresentar as análises fanonianas como contributos para a atividade filosófica. Com isso o ponto inicial trata-se da advertência de Achille Mbembe para a ausência de “África” nas pesquisas atuais sobre Fanon. O artigo pretende mostrar que isso ocorre por duas vias: o Enfeitiçamento e o Reconhecimento. Elas são formas de manutenção do discurso que fundamenta um Narcisismo Branco, ou seja, uma filosofia que reproduz a imagem da filosofia europeia como única alternativa. Ao fim, o artigo propõe uma filosofia corporificada que enfatiza as particularidades e sustenta a pluriversalidade filosófica.