Resumo
Desde 2020 vivemos a pandemia por coronavírus, e em nosso país os impactos da mesma precisam ser analisados desde múltiplos conceitos e fatores. Desta forma, propomos uma leitura acerca da pandemia a partir do conceito de branquitude. Para tanto, nos detemos no referencial teórico apresentado por Maria Aparecida Bento e Lourenço Cardoso, intelectuais expoentes na discussão do tema no Brasil. A partir do conceito de pacto narcísico da branquitude e de branquitude crítica e acrítica, apresentamos nossa discussão quanto à experiência da pandemia. Escrevemos cartas pessoais em um exercício cartagráfico, analisando como a pandemia impacta o corpo de uma mulher branca e o corpo de homem negro. E por fim, apontamos a necessidade da ressignificação da branquitude, motor das políticas de morte em nosso país; a necessidade de pensarmos a ressignificação da branquitude no Brasil é urgente para que se possa constituir práticas para um projeto de estado antirracista.